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  • Foto do escritorGabriel Gomes

Shadow of the Damned

- Gênero: ação, terror, shooter

- Desenvolvedora: Grasshopper Manufacture, Electronic Arts;

- Ano de Lançamento: 2011;

- Plataforma de Análise: Xbox360.

Pense num jogo em que eu praticamente não tinham nenhum pingo de expectativa, esse game simplesmente apareceu de graça na Xbox Gold, e eu nunca nem tinha sequer ouvido falar nesse game em questão, nem trailer, gameplay, nada, apenas algumas imagens que estavam no anúncio, que dava de intender que se tratava de um game de terror que copiava RE4, daí eu pensei, ''eu gosto de games que copiam o gameplay de RE4'',ai eu baixei, tava de graça mesmo né, e passou-se meses, até que eu resolvi joga-lo, e que surpresa quando o jogo se iniciou e subiu o nome, Shinji Mikami, que pra quem não sabe é o criador da série Resident Evil, ou seja, o game não era uma copia no final das contas, e sim um game feito pelo próprio cara que fez RE4, o que me deu uma grande expectativa para o que me viria pela frente, além disso o jogo também é produzido pelo Goichi Suda, que para quem conhece, ele é bastante conhecido por produzir jogos nonsense, cheios de humor negro, sexista e muito sangue, como por exemplo: No More Heroes e Lollipop Chainsaw, ou seja, pode vir um jogo interessante pela frente.

O enredo do jogo e basicamente sobre um casador de demônios mexicano chamado Hotsput Garcia (ou só Garcia), que ao chegar em casa descobre que a mulher que ele amava Paula tinha sido assassinada, e sua alma foi sequestrada pelo Lord dos Demônios, e assim Garcia literalmente vai até o inferno para salvar a sua amada.

E basicamente isso a premissa do jogo, pode parecer rasa, mais acredito que o real foco aqui não é a complexidade do enredo em si, até porque o jogo praticamente não se leva a sério, a impressão que tive com o jogo foi ''imagina se Davil May Cry e Resident Evil resolvessem ter um filho no mexico?'' e dessa união nasceu esse jogo, a união de elementos de ambas as franquias e quase gritante aqui, parece um DMC com gameplay de RE, e isso e ruim!? Basicamente não, porque o jogo e claramente uma parodia de ambos, o jogo e cheio de piadas nonsenses e com varias conotações sexuais, que horas funcionam e outras não, se você for analisar friamente o enredo do game e sua narrativa, ele não faz o minimo sentido, porem isso não chega a incomodar, as piadas e os momentos sem noção do game são de certa forma o seu charme, o jogo homenageia também vários filmes de terror, em especial Evil Dead, que possui uma fase inteira dedicada ao filme.

Agora o que dizer dos personagens, o protagonista o Garcia, um cassador de demônios, apesar de ter essa pose de fodão, lhe falta um pouco de carisma e originalidade na minha opinião, porem lhe ajuda o fato dele ser extremamente caricato, tendo nacionalidade mexicana, e ainda por cima ele diz inúmeros bordões em espanhol nos momentos bastante inconvenientes, como por exemplo, ''magnifico'', ''glorioso'', que chega a ser engraçado, as vezes, o que não é de se estranhar visto que praticamente a maioria dos protagonista de Shinji Mikami são assim, Leon de RE e Sebastian de TEW, são bons exemplos disso, e também temos um demoninho em formato de caveira flutuante, que aproposito diz muito palavrão, que nos acompanha no jogo, na verdade é ele que é a nossa principal arma durante o jogo e que dá poderes ao nosso protagonista.

A direção de arte do game é uma verdadeira montanha russa, hora e deslumbrante, e em outras deixa um pouco a desejar, o gráfico não é excepcional nem no ano que foi lançado, porem ele passa um visual que mescla um gráfico realista e cartoon, mais apesar disso, o game tem uma satisfatória variedade de cenários, vilas, florestas, catacumbas, masmorras e castelos, elementos esses presentes em diversos outros jogos dos mesmos idealizadores como por exemplo, Resident Evil e The Evil Within, inclusive uma vila ao estilo de RE4, o jogo ainda possui inclusive algumas fases em 2D ao estilo Shooter, ou também conhecido como ''jogo de navinha'' onde flutuamos pelo cenário atirando em tudo que aparece pela frete, o visual e bastante cinza e opaco, e infelizmente enjoa rápido, na primeira vez e legal, mais da nas outras vezes fica um pouco monótono, ao ponto de você não ver a hora de acabar logo e voltar pro gameplay em 3D, voltando a falar de outros aspectos estéticos do jogo, é a escolha de chocar o jogador através de situações que provoquem estranheza com a finalidade de provocar humor, que são bem divertidas devo admitir, dando aquela sensação de ''eu não acredito no que estou vendo!'' o que já é uma característica dos jogos do Goichi Suda, em especial as partes de conotação sexual, e bastante gore para impactar o jogador, muito sangue, o que contribui mais no humor na maioria das vezes, o jogo nem de longe é um game de terror, apesar de possuir diversos elementos desse gênero, e tudo praticamente jogado para galhofa, porem e divertido e na maioria das vezes.

Agora com relação as inimigos é o padrão de jogos assim são basicamente zumbis, demônios, na verdade existem alguns inimigos ''reciclados'' da franquia RE, e coisas assim, os bosses são incrivelmente legais, isso realmente me surpreendeu bastante, batalhas muito bem elaboradas, e legais de se enfrentar sempre variando o gameplay e sem duvida são marcantes, realmente o ponto alto do jogo, porem o nosso maior inimigo no jogo e a escuridão, haverá momentos em que basicamente o ambiente será tomado por uma ''força escura'' e tudo fica em tons escuros e azulados, e levamos constantemente dano, o que nos obriga a sair dali o quanto antes, porem para afastar a escuridão, existem quandros com cabeças de cabras, através de nossa arma podemos atirar um fache de luz em direção a ele e assim ''ligar a luz'' digamos assim, essa mecânica da uma dinâmica interessante ao gameplay, a sensação de emergência e fuga, realmente ajuda o jogo a não cair na monotonia, na escuridão os inimigos também são invulneráveis o que nos obriga a na maioria das vezes fugir ou apenas atirar neles para atrasa-los, e ao mesmo tempo o nosso HP vai baixando, e para isso, temos uma barra de tolerância que evita que o nosso HP seja afetado temporariamente, e para recarregá-lo precisamos coletar morangos, apenas isso recupera nossa barra de tolerância, não me pergunte o porque.

A trilha e composta pelo saudoso Akira Yamaoka, principal compositor da franquia Silent Hill, outra figura famosa que me surpreendeu quando seu nome subiu nos créditos iniciais, apesar de ser um excelente compositor visto todo o seu trabalho não só nos jogos mais também no cinema, aqui ele me pareceu um pouco contido, não ousando muito, mais apresentando um som de qualidade e bem memorável em certos momentos, a trilha tem bastante rock, tipico de Akira, e outras trilhas mais puxadas ao ritmo Latino, a dublagem da maioria dos personagens e boa, a do protagonista deixa um pouco a desejar, porem eu não acho que seja um demérito do dublador e sim do próprio texto, visto que ele repete inúmeras frases de efeito sem para, ''MAGNIFICO!", nada demais a se comentar além disso.

Para falar agora sobre a jogabilidade, e basicamente Resident Evil 4 com algumas variantes, a movimentação do jogo e um pouco lenta, o que chega a incomodar um pouco, mais temos diversas variedades de armas pistolas, escopetas, uma submetralhadora, um lança arpão, e claro tudo muito estilizado, isso porque a o nosso aliado a caveira flutuante é se transforma em todas essas armas, ele pode se transformar em todo o arsenal do game, além de outras funções como lanterna e em motocicleta, ou se acabar a munição podemos descer a porrada nos inimigos que também serve, além disso existe uma lojinha (que é administrado por um mostro muito sinistro mais ele é legal) e lá podemos fazer melhorias em nossas armar e em no nosso HP, ataque corpo-a-corpo etc, aproposito o que recupera o nosso HP e tequila, vodka, vinho e cerveja, lembrando que quanto mais alcoólico, maior o fator curativo.

Jogo é bom, tem uma excelente atmosfera de terror e galhofa, porem peca ao ter um controle muito duro, vindo dos moldes de RE, o que eu acredito que o jogo brilharia mais se tivesse um estilo mais Devil May Cry, mais fora isso, possui bons momentos, especialmente nos chefes e no seu humor politicamente incorreto, mais claro levando em consideração os seus idealizadores, se eles fossem produzissem juntos um jogo, da de imaginar algo parecido com Shadow of the Damned, não é o melhor trabalho e nem muito menos o mais notável da carreira deles,mais de fato é sim um jogo divertido e que pode te oferecer muitas horas de diversão sem duvida, se você procura um jogo violento e um humor politicamente incorreto sem culpa, esse aqui pode ser interessante para você.

- NOTAS:

SHADOW OF THE DAMNED/ XBOX360;

- HISTORIA: 60;

- DIREÇÃO DE ARTE: 80;

- TRILHA E SOM: 80;

- JOGABILIDADE: 70

- NOTA FINAL: 70.



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